domingo, 28 de fevereiro de 2016

A Lista de Funas e a ocultação da história ( além das manipulações )



Só começará haver mudança  quando um peixe grande do PSDB mais os chefes do PIG ( pelo menos um destes.) forem pra cadeia ( juntos com ‪#‎CunhaNaCadeia‬ ) ---- Geraldo Jr.

Do Blog DCM




O DCM apresenta o documentário sobre a Lista de Furnas que prometemos entregar em mais um projeto de crowdfunding.

Com direção do talentoso documentarista e produtor Max Alvim, ele é baseado nas matérias de Joaquim de Carvalho, um dos melhores repórteres do Brasil, colaborador dileto do Diário.

Está ali toda a gênese e as imbricações de um dos grandes escândalos do país — e um dos que mais sofreram tentativas de ser abafado.

O momento do lançamento é oportuno. No sábado, 27 de fevereiro, ficou-se sabendo que o ex-deputado federal Roberto Jefferson e mais seis pessoas foram indiciados pela Delegacia Fazendária (Delfaz) por crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro na estatal mineira.

O Ministério Público Estadual (MPE) levou dez anos para se mexer. Entre os envolvidos estão empresários, lobistas e políticos. Ficou faltando muita gente. Entre as ausências, a de Dimas Toledo, ex-presidente da empresa indicado por Aécio. Dimas não foi indiciado por ter mais de 70 anos e, portanto, contar com o benefício da prescrição.

O que o documentário do DCM traz:

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Ingenuidade e Republicanismo do atual Governo



Do JornalGGN


Moro e a exploração da ingenuidade imperial

É irreal o grau de ingenuidade de setores do PT e do governo, aliviados com as informações que constam nos documentos que embasaram a Operação Acarajé, de que não há nenhuma evidência de que o marqueteiro João Santana tenha recebido dinheiro ilegal para as campanhas de Lula e Dilma.
Então, o juiz Sérgio Moro teria autorizado a prisão de Santana por suspeita de financiamento oculto para as campanhas presidenciais na República Dominicana?
É evidente que o objetivo de Sérgio Moro é derrubar o governo. É evidente que Moro está alinhado à oposição e à estratégia de Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Superior eleitoral).
Pessoas minimamente antenadas teriam percebido no início a estratégia de Moro – porque é óbvia, pouco sutil. É impressionante, no entanto, a facilidade com que iludiu seus principais alvos, a presidente Dilma Rousseff e seu conselheiro-mor, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
Há duas lógicas na Lava Jato: uma, a lógica político-midiática, de criar o clima para o golpe final; e a lógica jurídica.
Juízes só julgam sobre o que está nos autos. Pode-se fazer a campanha política mais radical, mais evidente, desde que não conste dos autos. Constando dos autos, assim que os

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A importância e os limites da "revolução" do governo Lula e evangélicos sobre os mais pobres.





Não há dúvida quanto a essa revolução feita pelo governo Lula  e as Religiões Evangélicas. Mas aí reside a contradição ( e barreira ) do atual governo.

Primeiro, o governo deixou de atuar politicamente na formação e conscientização dessa nova classe trabalhadora, crendo apenas no poder ( divino ) da economia reduzida ao mundo do consumo, da inclusão dessa nova classe a este "mundo".

Segundo, ao não atuar politicamente na formação dessa nova classe trabalhadora, esta passou a ser direcionada aos valores "burgueses", seu "ensejo" convergiu-se cada vez mais aos da classe dominante. O empreendedorismo tornou-se o sonho dessa nova classe, em detrimento cada vez maior, de valores coletivos, solidariedade...; Uma classe trabalhadora que passou a não gosta de si mesma. O negro que não gosta de si mesmo.

A "religiosidade evangélica" preencheu exatamente o que essa ralé precisava e ainda precisa, auto estima. Essa necessidade se manteve por causa do "vácuo" deixado pelos sindicatos e a falta da organização dos grupos de "esquerda", ou pelo pragmatismo econômico petista ou pelo diversos "fundamentalismo" esquerdista, todos desatualizados e não inseridos na realidade concreta dessa ralé/classe trabalhadora.



Se esta "religiosidade evangélica" contribui para transição dessa ralé à nova classe trabalhadora nos marcos capitalista, levando em conta a história desse povo no Brasil , ela vem se tornando ( ou pode se tornar) a

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A Realidade (típica) da classe média paulista



Por Alexandre Tambelli
Sérgio Moro é filho da classe média tradicional.
Do Blog de Luis Nassif
A realidade brasileira do Judiciário esbarra na própria Educação que os magistrados receberam em casa e na escola e até no curso de Direito.
Como classe média tradicional paulistana sei que a minha Educação (da minha classe social, não da minha família em específico) é via ensino meritocrático, baseado o ensino na ideia do vestibular que gera a boa faculdade numa carreira rentável e que me vai levar ao sucesso profissional, o que me propiciará comprar coisas de valor e angariar status social; nenhuma valorização do social, do pensar coletivo somos levados a ter.

Neste mundinho reproduzido em larga escala no meu convívio social as pessoas sempre tiveram alguns hábitos ligados à informação sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo: ler/assinar a Revista Veja, depois veio a mania da Folha por causa das enciclopédias, dicionários, CDs e etc. no domingão e assistir diariamente o Jornal Nacional.
A realidade da classe média tradicional é personalista e seu contato com o mundo externo é via velha mídia: Rede Globo, Veja, Folha e Estadão (“os quatrocentões”) + Globonews e CBN. Nunca um morador de classe média tradicional foi em Sapopemba ou no Itaim Paulista. Ele sabe de lá pelo noticiário que vai dizer de uma chacina ou de traficantes presos naqueles bairros. A visão de mundo da minha gente é a visão de mundo que a velha mídia forjou.
Os nossos neurônios, talvez, sejam pouco testados e ai é que mora o perigo.
Leitor da Veja e telespectador da Globonews e JN que recebe um Jornalismo mastigado, irreflexivo e sem contraditório não está preparado para ser Magistrado, mas é.
E é por quê?
Porque ele pode estudar somente, se alimentar adequadamente e comprar o material de estudo necessário para os estudos e que são caros, além, de fazer um Damásio da vida e ainda tem o detalhe de ser formado em uma boa faculdade de Direito. Vive a vida sem dificuldades.
Imaginemos todas as redes de relações idênticas, com pessoas forjadas na mesma visão de mundo da velha mídia adentrando na Magistratura. É uma loucura.
O filho da burguesia não precisa ser Juiz. É em peso o da classe média tradicional que adentra na seara da Magistratura.
PT/Dilma e Lula são uns demônios, certo?
Infelizmente, formamos Juízes individualistas, muitos deles alienados e conservadores e que tem a visão de sociedade da classe média tradicional: visão meritocrática, contrária a política de cotas, que enxerga o mundo da periferia como um mundo de vagabundagem, que prisão é solução para o problema da violência e que o trabalho lhe pode valer a sonhada posição social ensinada na escola se ele se encaixar na conduta diária que leva à fortuna.
Este Magistrado é o espelho do que aprende em casa, na escola e na velha mídia (sua referência para compreensão do Brasil e do Mundo no tempo livre).
Este Magistrado defenderá a classe social que a velha mídia defender, crê o sujeito, como minha amiga Dê falou com propriedade neste comentário aqui no GGN:http://www.jornalggn.com.br/comment/843068#comment-843068 e que deve ser lido

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Para além das "neutralidades"; Ciência e Política, tudo a ver....Einsten: Por que o Socialismo?



Por que o socialismo?

Albert Einstein

(Publicado na revista Monthly Review, em maio de 1949)

 

 

 

É aconselhável para quem não é especialista em assuntos econômicos e sociais expressar seus pontos de vista sobre o socialismo? Creio que sim, por uma série de razões.

Consideremos primeiro a questão do ponto de vista do conhecimento científico. Pode parecer que não há diferenças metodológicas essências entre Astronomia e Economia: os cientistas de ambos os campos tentaram descobrir leis de aceitação geral para um grupo circunscrito de fenômenos para tornar a interconexão desses fenômenos mais facilmente compreensível. Mas na realidade estas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da Economia é dificultada pela circunstância de que os fenômenos econômicos observados são frequentemente afetados por múltiplos fatores, muito difíceis de serem avaliados separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o início, o chamado período civilizado da história humana, tem sido - como é bem conhecido - grandemente influenciada e limitada por causas que não são, de forma alguma, exclusivamente de natureza econômica. Por exemplo, a maioria das mais importantes nações da história devem a sua influência à conquista. Os povos conquistadores se estabeleceram, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Arrebataram para si mesmos o monopólio da propriedade da terra e constituíam a classe sacerdotal com membros de suas próprias camadas. Os sacerdotes, exercendo o controle da educação, tornaram a divisão de classes da sociedade numa instituição permanente e criam um sistema de valores pelo qual o povo passou a ser, dali em diante, guiado, em grande parte inconscientemente, no seu comportamento social.

Mas a tradição histórica é, por assim dizer, coisa de ontem; em parte alguma conseguimos realmente sobrepujar o que Thorstein Veblen denominou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os fatos econômicos observáveis pertencem a essa fase e até mesmo as leis que podemos inferir deles não são aplicáveis a outras fases. Uma vez que o propósito real do socialismo é precisamente sobrepujar e ultrapassar a fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência da Economia em seu estado atual pouca luz pode lançar sobre a sociedade socialista do futuro.

Em segundo lugar, o socialismo dirige-se a um fim sócio-ético. A Ciência, porém, não pode criar fins, e menos ainda instila-los nos seres humanos. A ciência, na melhor das hipóteses, pode suprir os meios pelos quais certos fins podem ser alcançados. Mas os fins em si mesmos não são determinados por personalidades com elevados ideais éticos e - se esses fins não são nati-mortos, mas vitais e vigorosos - são adotados e levados adiante pelos inúmeros seres humanos que, meio inconscientemente, determinam a lenta evolução da sociedade.

Por estas razões devemos nos pôr em guarda para não superestimar a Ciência e os métodos científicos, quando se trata de uma questão de problemas humanos; e não devemos presumir que os técnicos são os únicos que têm o direito de se expressar sobre questões que afetam a organização da sociedade.

Indivíduo e sociedade

Inúmeras são as vozes que se têm levantado, há algum tempo já, advertindo que a sociedade humana está passando por uma crise, e que sua estabilidade foi perigosamente abalada. É característico de

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Ativistas progressistas e monopólio da Imprensa



Do blog PodemosMais

Como ativistas progressistas fortalecem o monopólio da imprensa no Brasil?

JO1
Por Everton Rodrigues* com colaborações de Alexandre Vega e Julio Oliveira
É comum ver ativistas da esquerda combaterem o monopólio da comunicação como se fosse algo distante das suas práticas políticas diárias. Podemos perceber distâncias entre teoria e prática. Vejamos algumas reflexões.
Muitos ativistas de esquerda, progressistas, pessoas que desejam uma outra sociedade, mais justa, acabam colaborando para criar, dar credibilidade e fortalecer o 4º poder no Brasil. A imprensa empresarial, criada como poder absoluto e sem qualquer fiscalização ou controle, pode fiscalizar pessoas, movimentos, partidos, criando manchetes e formar opiniões de acordo com os interesses que lhe for conveniente. O jornalismo, que deveria/prometeu ser uma força de fiscalização dos abusos dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) e tornar público os fatos dos acontecimentos da sociedade jamais cumpriu seu objetivo no Brasil, desde o início foi capturado pelas empresas de comunicação que formaram este ambiente cínico da imprensa empresarial e ao longo do tempo adquiriu a capacidade de inventar crises, eleger presidentes para garantir seus próprios interesses e manter privilégios da elite brasileira. O discurso dos donos da imprensa brasileira é a pluralidade do cinismo.
Esse enorme poder da imprensa impede inclusive a instalação do Conselho Nacional de Comunicação para fiscalizar os abusos da própria imprensa.
“A massa mantém a marca,
a marca mantém a mídia
e a mídia controla a massa.”
George Orwell
A cada compra de conteúdos, menção que se faz a um veículo, a um determinado conteúdo, click, acesso, leitura, divulgação de link, e até produção de conteúdo, se aumenta o alcance e fortalecem as marcas como um produto bom para seus investidores. O aumento do valor de anúncios no veículo é também o aumento do poder e alcance do veículo.
A informação é poder! A igreja católica é exemplo histórico: na idade média, ao perceber o poder da informação e do aprendizado, mandou queimar em praça pública livros considerados “hereges” e perseguiu os autores que criticavam seus dogmas. A imprensa empresarial segue a mesma linha, persegue todas as pessoas relevantes que criticam sua visão de mundo (e dos seus anunciantes mais importantes). E para conseguir seus objetivos é capaz de mentir, distorcer informações, ocultar fatos, ter acessos a documentos oficiais sem autorização. Os interesses da imprensa podem proteger governos que gastam milhões em publicidade nos seus veículos e tentar derrubar outros por interesses econômicos e políticos contrários ao seus.
Um dos exemplos mais recentes acontece em São Paulo. A imprensa protege o governador Geraldo Alckmin porque ele é o representante do status quo que garante a compra de milhões em publicidade. O governo do estado, na figura da sua PM, nos 5 atos contra o aumento da tarifa de transporte público, cercou manifestantes e em seguida os atacou com bombas e balas de borracha, atingindo manifestantes e até pessoas que não participavam dos atos. Nem crianças e mulheres grávidas foram poupadas, jovens foram massacrados por ordem criminosa do governo do estado diante de nossos olhos. Há vários vídeos, fotos e relatos que comprovam. A cada manifestação a imprensa repete que o protesto acabou “em confusão”. O que o governo do estado e a PM estão fazendo é crime, mas a imprensa empresarial diz que é confusão. Sugerimos a leitura dessa matéria: PM protagoniza carnificina durante manifestação em São Paulo.
Outro exemplo são as manifestações que defendem impeachment da presidenta Dilma. A imprensa empresarial divulgou, convocou e fez cobertura ao vivo em todas manifestações em rádio, TV, jornal impresso e redes socais. Assim ela mobilizou seu público, leitor fiel, como mostrado em pesquisa realizada durante ato desse tipo:  O perfil é majoritariamente de brancos (73,6%), ricos (48% ganham acima de R$ 7,8 mil) e racistas (62% acham que negros não devem usar a cor da pele para conseguir ‘privilégios’ como cotas).
Exemplos não faltam. Mas vamos ao principal objetivo deste texto.
“É o compromisso de uma vida! É o compromisso da existência. Então acredito que tem que se lutar pela criação de seres coletivos que representem essa ideia, e se juntar com os que pensam parecido e aprender a lidar com a diversidade de diferenças que existem. Porque é mentira que existiram grandes homens que mudem a história, é mentira! Existem grandes causas, sempre atrás tem que haver colunas coletivas que são as que dão força…” trecho da entrevista com José Mujica “Política como “compromisso de existência
Mujica, uma referência para muitos de nós por ser a prova viva da diminuição da distância entre teoria e prática, fala brilhantemente sobre política como processo coletivo. E não existe um projeto