terça-feira, 8 de março de 2016

Todo dia é dia de índio. E DIA DA MULHER ( Emiliano José )

Por Emiliano José ( via facebook )



Tem simbologia, essa coisa de datas. Tem sido significado político. Mas o significado delas há de se estender por todos os dias. Esse 8 de março há de ser lembrado por cada homem, falo dos homens, a cada dia. Não vale a lembrança desse dia apenas. Nem vale apenas lavar a louça da casa. O que se reclama sempre é respeito. A compreensão da singularidade, e que singularidade, do feminino. Da luta milenar das mulheres, posta na condição de subalterna, perigosa, tentadora, Eva, Messalina, explorada na carne na alma, esmagada pelo patriarcalismo, pela misoginia, reprimida em sua sexualidade, trabalhadora de muitas jornadas. Superexplorada sempre. Reclama-se o respeito à diversidade do feminino, das mulheres que querendo-se mulheres não querem moldar-se nos padrões impostos desde sempre, podem querer amar outras mulheres, e daí? Podem querer o poliamor, e daí? Os homens não viveram sempre a seu modo uma espécie de poliamor, clandestino que seja, mas poliamor? Amar não é pra qualquer um. Seja homem: ame. Respeite a mulher. Se tiver peito. Coragem. Abertura para tanto. Não vale a pena comemorar apenas o dia. Todo dia é dia de índio. E da mulher.

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